14º Festival de Gondomar

The Young Gods (Manta'09@Guimarães)

No passado dia 17 dirigi-me a Guimarães para assistir a um concerto de The Young Gods que era de entrada gratuita.

Era a terceira vez que os ia ver actuar e estava bastante entusiasmada.
Quando lá cheguei estavam mesmo a começar o concerto, mas realmente nem me tinha apercebido que eram eles, porque o som estava deveras diferente.
O espaço onde foi realizado este evento era ao ar livre, bastante agradável e perfeito para este tipo de acontecimentos.
Sobre o palco via-se uma grande tela que projectava imagens, mas somente à medida que me aproximei da frente do palco me apercebi da sintonia entre o video e as músicas.
Os The Young Gods deram um espectáculo totalmente diferente dos que estava habituada. Embora não fosse o que queria ouvir e assistir (concertos eléctricos, intensos e industriais), admito que foi um espectáculo muito bem confeccionado, não andassem estes senhores nesta "vida" há anos!
O concerto era 1h30m dedicada ao Woodstock. Enquanto o documentário decorria na grande tela, com imagens do festival e de grandes nomes da música da altura a actuar, os TYG reproduziam simultaneamente as músicas ao seu estilo. Com a cantora convidada Erika Stucky a actuar em certas músicas a solo e em dueto com Franz Treichler o decorrer da noite saiu em perfeição. Foram tocadas músicas de artistas como The Who, Joe Cocker, Crosby, Stills & Nash e o teclista interpretou um solo de Hendrix.
Para animar a noite o terceiro tema foi o conhecido "Gasoline Man", a única música que tocaram das que estava à espera.
No entanto, Franz Treichler assume o comando da parte electrónica da noite, oferecendo uma sonoridade electrónica/ pós-trance por cerca de 10 minutos.
O concerto em si teve uma grande variedade de sonoridade, cativando pela originalidade do momento, do tema e do ambiente que aparentava ter entrado na onda "Peace & Love".
Chegado o fim do documentário, termina assim o concerto. TYG ainda voltaram mais uma vez ao palco para agradecer e reforçar que embora quisessem não podiam actuar mais, mas que voltariam brevemente.
De reparar que de todas as vezes que já vieram a Portugal, Franz Treichler tem vindo a aperfeiçoar o seu português.
Em resumo, foi uma noite fora do contexto metálico que tenho vindo a cobrir, mas nem por isso deixou de ser melhor. Aliás foi óptimo fugir à rotina!

Berço Fest II

Era para ser... Depeche Mode...

Estava ansiosa pelo dia 11 de Julho para assistir pela primeira vez na minha vida a um concerto de Depeche Mode.
Infelizmente no dia anterior recebi a notícia de que o senhor Dave Gahan teve uma lesão muscular numa perna e o médico "aconselhou" a cancelar a tour. Faltavam dois concertos!!! A lesão não foi nas cordas vocais!!!
Como apenas ia ao SBSR por Depeche, voltei mais uma vez ao Metal Point e assisti a mais três concertos.
Gates of Hell, Burned Blood e The Ransack. Suffochate cancelou o concerto por motivo desconhecido da minha parte.
Com o decorrer da onda de festivais que passaram (Optimus Alive) e estão para vir, a afluência de pessoas esteve um pouco fraca. Ainda assim, como sempre, quem lá está faz a festa!
Os concertos começaram já passava das 23h e começaram com Gates of Hell uma banda de thrash/death metal do Porto recentemente formada (2008), mas que já apresenta uma boa presença em palco, atitude e confiança na sua actuação. Embora ainda não estivessem todas as pessoas que por lá andavam a assistir, o vocalista não deixou de interagir com o público, sendo que com os amigos a apoiar é sempre mais fácil encarar tudo.
Embora não perceba muito de música tecnicamente, não pude deixar de reparar que o baterista Afonso Ribeiro demonstra uma grande capacidade para a bateria e penso que a continuar assim terá um bom futuro.
http://www.myspace.com/gatesofhellband666

Os Burned Blood são mais uma banda de metal de Lisboa, e relativamente ao seu concerto, o que me saltou à vista foi a presença do baixista Claúdio Melo que demonstrava uma energia em palco incrível. Saltava, rodopiava enfim... mesmo estando ao fundo do bar, podia-me aperceber da sua movimentação eléctrica.
http://www.myspace.com/burnedbloodband

Por fim os The Ransack (death metal) eram a banda aguardada da noite. Este grupo já apresenta alguma bagagem nesta área e à parte de uns problemas técnicos ao início que atrasaram minimamente o inicío do concerto, foi mais um fim de noite sempre a "rasgar" com mosh e headbanger à mistura.
http://www.myspace.com/theransackband

Grind Parade

Dia 7 de Julho estive no Metal Point a assistir à Grind Parade, que contou com a presença de quatro das cinco bandas anunciadas em cartaz, devido a problemas de saúde do saxofonista dos Lost Gorbachevs.
Sendo a primeira vez que fui ouvir este estilo de música a impressão geral que me deixa na memória é músicas com cerca de um minuto, dois e meio no máximo repletas de agressividade instrumental e vozes distorcidas.
Quando cheguei ao local a primeira banda da noite estava a começar a actuar, estavam ainda cerca de 20 pessoas a assistir e mais uma vez o som estava extremamente alto (ou sou eu que estou a ficar com os ouvidos demasiado sensíveis de tanto concerto) tendo em conta que o local estava ainda quase vazio.
Os Distrofia não chegaram a tocar e foram substituidos por outra banda do baterista, os P.U.N.K.(Protest Underground Nose Kaos). Esta formação com estilo grindcore nasceu em 2007. Dentro da agressividade imposta pelo estilo conseguia-se aperceber de certos acordes mais rock que davam um pouco de ritmo ao estilo de música que é muito idêntico. www.myspace.com/ultragrind

Os Fetal Incest actuaram de seguida, e já se podia contar com mais algum público. Esta banda do Porto também se formou em 2004 e um dos elementos do trio é o baixista Zé Pedro, que pertence à conhecida banda de gore Holocausto Canibal.
Digamos que achei o concerto desta banda deveras original, a começar pela apresentação, o trio usava uns leggings brancos que chamavam bastante a atenção. Antes de cada música o baterista fazia sempre uma pequena introdução e o guitarrista/vocalista tinha uma presença em palco deveras eléctrica. Relativamente à música, aqui também se pode notar um pouco mais intensamente as influências rock/blues nas músicas que apimentavam um pouco mais a actuação.
www.myspace.com/fetalincest

Chegando este ponto foi a altura das bandas da República Checa mostrarem o seu conteúdo, o Metal Point já se encontrava mais composto relativamente ao número de pessoas.
Lycanthropy, formou-se em 1998 e já conta com uma grande bagagem no grindcore.
A particularidade deste grupo é a sua vocalista feminina Zdisha que tem um poder de voz incrivel para este estilo de música.
http://www.myspace.com/lycanthrophy

Por fim os Prumyslova Smrt formados em 2003 proporcionaram mais uns momentos de "fast music" canalizados principalmente através da energia do vocalista que delirava imensamente com o seu discurso cantante.
www.myspace.com/prumyslovasmrt

Foi uma experiência diferente, mas estou pronta para mais!!