CYNIC
16 de Junho - Musicbox
Abertura de Portas - 21h30
Inicio do Espectáculo - 22H00
“Pouco passava das 19:00, o sol ainda ia alto e começava a fazer-se história em cima do palco. Com mais de vinte anos de carreira e apenas dois álbuns editados, os norte-americanos Cynic pisavam pela primeira vez solo nacional, para deleite de ávidos fãs da banda e de outros tantos curiosos. (...) Senhores de uma simplicidade e humildade inversamente proporcional à complexidade e mestria da música que criam, brindaram-nos com um concerto que teve o seu enfoque nos pormenores e na forma como, com recurso a apenas quatro instrumentos, transportam o ouvinte para esferas astrais e magnificentes”. Foi descrita assim, nas páginas do #103 da revista LOUD!, a estreia dos lendários CYNIC em Portugal durante a primeira edição do Vagos Open Air.
Paul Masvidal e companheiros vão pisar novamente solo nacional e, no palco Music Box, prometem tornar a experiência ainda mais intimista e mágica no próximo dia 16 de Junho.
Os CYNIC são uma banda norte-americana de metal progressivo, pioneiros na estranha e maravilhosa arte de fundir death metal com jazz e fusão, numa abordagem experimental que lhes gerou uma enorme base de fanáticos e influenciou toda uma geração a tentar capturar o génio contido no incontornável «Focus». Durante os doze anos que estiveram separados ninguém conseguiu chegar lá e, em 2006, a banda anunciou o regresso para alguns concertos. Década e meia depois da edição do primeiro e único álbum do quinteto chega então aos escaparates o seu sucessor. «Traced In Air» mostrou que ninguém bate os mestres no seu jogo, elevando a um patamar superior todos os maneirismos progressivos e jazzísticos que transformaram «Focus» num dos discos mais influentes dos anos 90.
BIOGRAFIA CYNIC
Formação:
Paul Masvidal – Guitarra / Voz
Sean Reinert – Bateria
Robin Zielhorst – Baixo
Tymon Kruidenier – Guitarra / Voz
A história dos CYNIC começa como a de tantas outras bandas, mas tem mais altos e baixos do que é habitual. Paul Masvidal e Sean Reinert começaram a fazer música juntos quando ainda andavam no liceu, mas só procuraram activamente outros músicos para formar uma banda depois de uma série de projectos e experiências a dois. Mark Van Erp no baixo e Jack Kelly na voz completaram a primeira formação oficial dos CYNIC. O quarteto ainda gravou a maqueta «'88 Demo», fortemente influenciada por bandas como os Kreator, Destruction e Dark Angel, mas pouco tempo depois Jason Gobel foi adicionado na segunda guitarra e Masvidal decidiu acumular a função de vocalista com a de guitarrista.
Em 1989 gravaram a maqueta «Reflections Of A Dying Word», uma descarga de puro thrash/core com um cunho punk bem vincado, e substituíram Van Erp por Tony Choy. Nos dois anos seguintes o grupo não sofreu mexidas, gravou uma terceira maqueta e começou a tocar ao vivo com mais frequência, cimentando uma base de seguidores – sobretudo na Florida.
Apesar de viverem no meio da explosão death metal da altura e de estarem atentos ao que os conterrâneos Death e Atheist faziam, as referências dos músicos estavam a mudar de uma forma dramática. As capacidades técnicas e criativas dos músicos estavam a crescer muito rapidamente e, de uma forma natural, começaram a interessar-se por música ainda mais complexa – estilos como o jazz, bebop, fusão e artistas como Mahavishnu Orchestra, Allan Holdsworth, Pat Metheny, Frank Zappa e até os The Beatles e My Bloody Valentine começar a influenciar a música da banda à medida que as suas colecções de discos iam crescendo.
No início de 1991, quando gravaram uma demo financiada pela Roadrunner, já se tinham transformado, graças a muito trabalho, numa banda de death metal progressivo. Atento ao que se passava à sua volta, Chuck Schuldiner (dos Death) convidou então Paul e Sean para, com a ajuda de Steve DiGiorgio, gravarem «Human». O disco transformou-se num clássico e, graças a «Lack Of Comprehension», os Death tiveram pela primeira vez direito a tempo de antena por parte da MTV. Tony Choy, por seu lado, estava ocupado a tocar com os Atheist e Pestilence. Pelo meio Paul ainda arranjou tempo para gravar um disco com os Master e Jason Gobel trabalhou com os Monstrosity no seu disco de estreia.
Por esta altura, graças à exposição que os músicos estavam a gerar com um apertado calendário de colaborações, os CYNIC eram vistos pela sua própria editora como “a banda underground mais popular que nunca gravou um álbum”. Grande parte de 1991 foi passada na estrada com os Death e, já em Outubro do ano seguinte, quando a banda estava finalmente prestes a gravar o disco de estreia, a sua sala de ensaios foi destruída pelo furação Andrew.
Ainda em 1992 foi incluída uma versão demo de «Uroboric Forms» na compilação «At Death's Door II», que anunciava Maio de 1993 como a data de edição do álbum. Com Choy a abandonar para se juntar a tempo inteiro aos Atheist, a banda viu-se a braços com mais uma reestruturação, que só atrasou ainda mais todo o processo e acabou com Steve Digorgio a gravar as linhas de baixo. «Focus» chegou aos escaparates em Setembro de 1993, dois anos depois da última maqueta. A música era diferente de tudo o que tinham feito até ali... e de tudo o que se fazia à sua volta.
A banda, já com Sean Malone no lugar de baixista, viu uma digressão europeia acabar a meio face à separação dos Pestilence em plena tour e, com os Cannibal Corpse, fez uma rota de três meses pelos Estados Unidos, mas a incapacidade de manterem uma formação estável atirou-os rapidamente de volta à sala de ensaios. Seguem-se mais mudanças de formação e um nível de criatividade tão elevado que, a meio do processo, os músicos decidem começar a trabalhar sob uma nova designação. Gobel, Masvidal e Reinert, com o baixista Chris Kringel e a vocalista/teclista Aruna Abrams, criaram os Portal. O projecto durou pouco tempo, com os inseparáveis Masvidal e Reinert a reunirem-se novamente nos Æon Spoke.
Em Setembro de 2006, doze anos depois de se terem separado, os CYNIC anunciaram que estavam de volta ao activo e, durante o Verão de 2007, fizeram 15 espectáculos na Europa. O núcleo da banda mantinha-se inalterado, com Paul Masvidal na guitarra /voz e Sean Reinert na bateria, mas – por razões ligadas a compromissos familiares ou laborais – Jason Gobel e Sean Malone fizeram-se notar pela sua ausência. Os concertos foram feitos com o guitarrista David Senescu e o baixista Chris Kringel, que foram substituídos nas gravações do há muito aguardado segundo disco de originais por Tymon Kruidenier e um regressado Sean Malone.
«Traced In The Air» foi finalmente revelado ao mundo em Novembro de 2008 e deixou toda a gente de boca aberta, sobretudo pelo engenho que caracterizou esta reinvenção de uma das propostas mais inovadoras alguma vez saídas do universo da música extrema. Mostrando que a idade não lhes tirou a vontade de estar constantemente a quebrar barreiras, e que o baixista Robin Zielhorst parece ser a peça que faltava para encontrarem alguma estabilidade, «Re-Traced», o novo EP com reinterpretações de temas do último álbum e um original, promete dar que falar.
Cynic
Musicbox - 16 de Junho
Preço dos bilhetes: 20,00 Euros (venda antecipada) e 22,00 Euros (no próprio dia)
Abertura de Portas - 21h30
Início do Espectáculo - 22h00
Bilhetes à venda nos locais habituais. Reservas: Ticketline (707 234 234 - www.ticketline.pt).
Em Espanha: Break Point.
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