09 outubro 2010

SWALLOW THE SUN

1ª PARTE: Solstafir + Mar de Grises

14 de Dezembro - Musicbox
Abertura de Portas - 21h30
Inicio do Espectáculo - 22H00

15 de Dezembro - Hard Club (Sala 2)
Abertura de Portas - 20h00
Inicio do Espectáculo - 21H00

O doom metal, enquanto tendência musical, sempre carregou um enorme fardo nas suas costas – os riffs arrastados por um lado, por outro a melancolia melódica dos acordes, a morte, a tristeza, a saudade... O ter de lidar com a própria existência e não saber muito bem como. Pesados q.b. e obscuros como breu, mas sempre com uma luz no fundo do túnel, estes são assuntos comuns nos domínios dos finlandeses SWALLOW THE SUN. Quando lançou «The Morning Never Came», o grupo de Helsínquia só tinha a seu favor a proveniência e, de um momento para o outro, encantou toda uma legião de apreciadores de música lenta, depressiva e minimalista. Fiéis à tradição doom, conservando o ocasional ambiente épico, injectam-lhe uma dose controlada de death metal para adensar o peso e, algo que os coloca uns bons metros à frente dos seus competidores, escrevem verdadeiras canções. «The Morning Never Came», «Ghosts Of Loss», «Hope» e o mais recente «New Moon» estão cheios de temas emotivos, em que as guitarras distorcidas e a voz de Mikko Kotamäki fazem o equilíbrio entre um peso sombrio e a calma do nada. Depois de um concerto arrebatador, durante a digressão de promoção a «Hope», o sexteto – que comemora este ano do décimo aniversário – está de volta a Portugal. A data é dupla – no dia 14 de Dezembro em Lisboa, no Musicbox; a 15 de Dezembro no Porto, na Sala 2 do novíssimo Hard Club.

O cartaz inclui, no entanto, mais dois promissores nomes do universo doom metal actual. Os islandeses SÓLSTAFIR transformaram-se numa das revelações do ano passado com o seu terceiro álbum, «Köld», e prometem surpreender com a natureza experimental da sua abordagem ao estilo. Uma viagem em cenário pós-apocalíptico, tranquilidade e violência sonora lado a lado – a recriar o contraste entre a neve e a rocha vulcânica tão característico da Islândia. Com uma base bem sólida de peso e atmosfera, é com um enorme à vontade que usam elementos de rock ambiental e pós-rock. Digamos que fazem jus à atitude exploratória dos conterrâneos Sigur Rós, mas com um incremento de peso muito considerável. As honras de abertura da noite ficam para os MAR DE GRISES, banda chilena que tomou de assalto o universo doom com dois soberbos álbuns e, durante os últimos anos, foi acumulando experiência na estrada. O novíssimo «Streams Onwards» é uma boa prova disso, mantendo a identidade do grupo intacta e adoptando uma atitude mais imediata, que permite aos músicos materializarem as suas paisagens sonoras ainda com mais facilidade e impacto.

BIOGRAFIA SWALLOW THE SUN

Formação:
Mikko Kotamäki - Voz
Juha Raivio - Guitarra
Markus Jämsen - Guitarra
Matti Honkonen - Baixo
Aleksi Munter - Teclados
Kai Hahto - Bateria

Os Swallow The Sun começaram a dar os primeiros passos na viragem do milénio, há dez anos completos. No início de 2000, o guitarrista Juha Raivio e o baterista Pasi Pasanen (que já tocavam juntos nos Plutonium Orange) começaram a escrever uns temas à parte. No ano seguinte entraram para a banda Markus Jämsen (guitarrista e outro dos músicos que já tinha tocado com Raivo e Pasanen) e Mikko Kotamäki. Na altura o vocalista ainda acumulava funções nos Funeris Nocturnum e acabou por trazer para um ensaio as peças que faltavam para completar o puzzle – o teclista Aleksi Munter e o baixista Matti Honkonen. Estava assim definida a identidade do projecto e formado o grupo que compôs, e, em Janeiro de 2003, gravou a maqueta «Out Of This Gloomy Light». Hoje em dia é uma peça de colecção no universo doom e a qualidade de canções como «Through Her Silvery Body» bastou para que, no espaço de meses, recebessem uma proposta da conterrânea Firebox para a edição do álbum de estreia.

Seis meses depois estavam de volta ao estúdio e, durante três semanas, gravaram «The Morning Never Came». O disco foi recebido com aplausos pelo público e pela imprensa especializada, sendo votado o melhor álbum do ano pelos jornalistas da revista Inferno e recebendo pontuação máxima na britânica Kerrang! – onde foi descrito como “um dos melhores momentos do doom metal até à data”. «Ghosts Of Loss», o segundo longa-duração, chega aos escaparates em Fevereiro de 2005 e mantém a personalidade do colectivo inalterada. Agora com uma sensibilidade melódica ainda mais refinada, dão o passo em frente em termos de exposição quando o single «Forgive Her...» entra para o quarto lugar do Top 20 finlandês na semana da sua edição. O tema manteve-se nas tabelas durante seis semanas e o álbum também lá chegou, com uma entrada directa para a oitava posição – ali entre a Gwen Stefani e os System Of A Down.

Em 2006 a banda fez uma pequena digressão pela Europa e assinou com a Spinefarm, que lançou «Hope» em Janeiro do ano seguinte. Contando com ilustres participações de Jonas Renkse (dos Katatonia) em «The Justice Of Suffering» e Tomi Joutsen (dos Amorphis) numa versão de um original dos Timo Rautiainen & Trio, o grupo deu mais um passo em frente e – ao lado dos Katatonia, Scar Symmetry e Insomnium – fez a primeira tour norte-americana.


BIOGRAFIA SÓLSTAFIR

Formação:
Aðalbjörn Tryggvason - Voz / Guitarra
Sæþór Maríus Sæþórsson - Guitarra
Svavar Austman - Baixo
Guðmundur Óli Pálmason - Bateria

Aðalbjörn Tryggvason, Halldór Einarsson e Guðmundur Óli Pálmason já eram amigos quando, em Janeiro de 1995, criaram os Sólstafir. Ainda antes do final desse ano gravam a maqueta «Í Norðri» e, pouco tempo depois, registam mais seis temas – originalmente para outra demo, mas que acabam por ser editados em EP pela minúscula View Beyond Records. Halldór abandona o projecto repentinamente e, entre 1997 e 1998, Aðalbjörn e Guðmundur continuam a trabalhar só os dois e ainda gravam duas maquetas para registar o amadurecimento de ideias.

Com início das gravações em 1999, já com Svavar Austmann na formação, «Í Blóði og Anda» acabaria por só ser editado em 2002 devido a diversos contratempos. Entretanto a banda tinha começado finalmente a tocar ao vivo com a ajuda de Sæþór Maríus Sæþórsson na segunda guitarra e, pela primeira vez como quarteto, gravam outra maqueta em 2002 – três dos temas foram incluídos no EP «Black Death».

Dois anos depois começaram finalmente a trabalhar no segundo álbum e, sem editora que financiasse as gravações, decidiram fazer tudo apenas com a ajuda de um amigo. Uma promo de três temas acabou por chegar à Spinefarm que, depois de ver a banda ao vivo na Dinamarca (a primeira actuação fora da Islândia), editou «Masterpiece Of Bitterness» em 2005. O disco foi muito bem recebido pela imprensa e pelo público, mas a banda não tocou tanto ao vivo como queria e, depois de mais um período de composição e gravação cheio de percalços, «Köld» chegou finalmente às lojas no ano passado e deu mais um passo em frente num percurso enigmático..


BIOGRAFIA MAR DE GRISES

Formação:
Juan Escobar - Voz / Teclados
Rodrigo Morris - Guitarra
Sergio Álvarez - Guitarra
Rodrigo Gálvez - Baixo
Alejandro Arce - Bateria

A génese dos chilenos Mar De Grises é comum à de muitas outras bandas – os músicos eram colegas na universidade – a única diferença é que estes seis músicos se conheceram num país sem qualquer tradição em termos de música extrema. Doom, muito menos. Além de um gosto comum pelo metal mais e menos convencional, os músicos sempre se mostraram apreciadores de outras sonoridades e incorporaram essas referências externas – do prog ao pós-rock, passando pela electrónica ambiental – nas suas composições. Não fazendo do seu doom uma expressão artística estanque criam canções que, segundo o press-release que acompanha o novíssimo «Streams Inwards», “captam a essência contrastante do Chile, dos fogos do norte vulcânico, ao deserto mais seco do mundo (o Atacama), passando pelos majestosos Andes e pelas ondas do Antárctico e do Pacífico.

A tarefa não é simples, mas o caminho do grupo foi traçado rapidamente. Apesar de estarem no longínquo Chile, bastou-lhes gravar uma maqueta para receberem quase de imediato uma proposta de contrato da Firebox. Autêntica excepção à regra na América do Sul, foram uma das poucas bandas a assinar contrato com uma editora internacional – o que, só por si, deve atestar da qualidade da música que fazem. «The Tatterdemalion Express» foi editado em 2004, quatro anos depois da formação do grupo, e foi recebido com aplausos unânimes. Os Mar De Grises viram-se, de repente, incluídos na lista de esperanças do underground, com a estreia a ser votada como “melhor disco doom do ano” por diversas publicações.

A primeira digressão aconteceu no ano seguinte e na Europa, incluindo passagens por festivais de renome como o Doom Shall Rise e o Belgian Doom Night. A única mudança numa formação aparentemente estável como poucas – e que, de resto, se mantém inalterada até hoje – aconteceu em 2006, quando o vocalista Marcelo Rodríguez deixou o grupo e foi substituído por Juan Escobar. Recuperada a estabilidade fecham-se, em Setembro de 2007, no mesmo estúdio onde tinham gravado o primeiro disco e saem de lá com o arrebatador «Draining The Waterheart» debaixo do braço. O álbum é recebido novamente de forma entusiástica e leva novamente a banda para a estrada na Europa – a confirmação de que são mais populares deste lado do Atlântico do que no continente de que são oriundos. Entre 16 de Abril e 12 de Maio de 2008 dão vinte concertos em dez países diferentes – entre os quais se incluiu a estreia em Portugal.

Dois anos e uma mudança de editora depois, da Firebox para mais poderosa Season Of Mist, é finalmente editado «Streams Inwards». O terceiro longa-duração mostra uns Mar De Grises mais directos, mantendo inalterados os traços do seu doom metal melódico e compactando-os em temas menos extensos


Swallow the Sun / Sólstafir / Mar de Grises

Press Release

Musicbox - 14 de Dezembro
Abertura de Portas - 21h30
Início do Espectáculo - 22h00


Hard Club (Sala 2) - 15 de Dezembro
Abertura de Portas - 20h00
Início do Espectáculo - 21h00

Preço dos bilhetes: 18,00 Euros
Bilhetes à venda nos locais habituais. Reservas: Ticketline (707 234 234 - www.ticketline.pt). Em Espanha: Break Point.

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