26 maio 2010

Entrevista sobre o Festival Caos Emergente Open Air 2010

Nos dias 16, 17 e 18 de Julho realiza-se a edição de 2010 do Festival Caos Emergente Open Air, que este ano conta com mudanças a nível de datas e de localização. Com o objectivo de melhor conhecer os motivos destas alterações fiz algumas perguntas à organização Big Dog que me foram gentilmente respondidas pelo Alexandre Moreira.

O Festival Caos Emergente Open Air tem vindo a ter uma evolução constante tanto a nível de cartaz como de instalações.
O ano passado mativeram a mesma época e localidade, embora tivessem passado para umas instalações com melhores condições.

O que vos fez mudar agora de datas e de cidade?


Existe um inúmero conjunto de circunstâncias que nos motivou a esta mudança radical. Relativamente às datas, desde há alguns anos que vínhamos a reparar que o mês de Setembro era uma época de abrandamento, a maioria das pessoas retoma por essa altura a sua actividade laboral/académica, de modo que este período fica um bocado associado a uma certa "ressaca" ou se lhe quisermos chamar uma depressão sazonal derivada ao final da estação das férias. É um período de arranque que requer concentração e empenho, de modo que para muita gente se torna quase impossível reservar 3 dias para passar num festival de Heavy Metal.
Paralelamente a isto existem motivos de ordem logística que englobam o elenco do evento. Nesta edição não será ainda notório ao nível que pretendíamos, pois a mudança de localização num evento com a estrutura do CEOA foi um processo, como deves imaginar, muito longo e que nos condicionou de certa forma. De qualquer maneira os planos que temos para o futuro, requerem um Caos Emergente integrado no circuito Europeu de festivais de Verão, para desta forma estarem reunidas as condições necessárias para materializarmos o que pretendemos.

Relativamente à mudança de Localização, foi possivelmente aquilo que mais nos custou, o Caos Emergente foi o maior acontecimento da Vila durante os últimos anos, além de toda a visibilidade veiculada à Vila de Recarei, contribuía de forma incrível para o desenvolvimento do comércio local. Sempre sentimos um enorme entusiasmo tanto dos habitantes de Recarei como das localidades adjacentes, desde o mais liberal ao mais conservador, o Caos Emergente sempre foi admitido como o evento anual mais importante da região. O ano passado mais do que nunca atraiu um enorme número de entidades nomeadamente locais, particulares e colectivas, interessadas em colaborar com o evento. Sempre regemos a nossa actuação como um controlo simbólico e não como uma pressão rigorosa sobre aqueles que connosco colaboram, até porque uma colaboração sólida requer como é óbvio uma base de confiança e responsabilidade de parte a parte. Durante os 3 dias do evento fomos confrontados por um constante desrespeitar grosseiro de regras, tanto das entidades que se propuseram a colaborar connosco como de alguns voluntários que supostamente estariam a auxiliar na organização do evento, tentando cada qual atingir objectivos distintos de forro pessoal e colectivo.

No final do evento chegamos à conclusão que não poderíamos voltar a realizar o Caos Emergente dentro dos contornos que nos foram sendo progressivamente impostos ao longo dos anos, que quase amputaram à Bigdog Productions, produtora, promotora e investidora, a gestão do festival.


Quando fomos convidados a visitar Vila Maior em São Pedro do Sul fomos confrontados com uma localidade de beleza indescritível, e com pessoas simpáticas, honestas, com um conhecimentos profundo do evento, empenhadas num objectivo comum de tornar o Caos Emergente num evento anual de referência. A partir daí foi uma questão de dias até termos chegado a consenso e estabelecer Vila Maior como a nova localização do Caos Emergente Open Air.

Quais são as condições que o local apresenta comparativamente com o ano passado?

Existem inúmeras diferenças a nível de estruturas. O festival goza de uma localização privilegiada com vista panorâmica sobre a serra, os espaços em volta são verde até perder de vista. Os acessos são simples e agora é possível viajar para o festival directamente de qualquer parte do país de expresso. Além do parque de campismo junto ao recinto, existe uma oferta hoteleira enorme tanto em São Pedro do Sul como nos arredores. Existirá um autocarro gratuito a fazer o percurso entre o festival e o centro São Pedro do Sul, para aqueles que durante o dia pretenderem conhecer a localidade, bem como para os que viajarem de expresso para o centro. De resto os padrões de qualidade serão mantidos sendo que existirão alguns "upgrades" que serão certamente notados.


Julho é um pico de festivais, não acham que o Caos poderá sofrer um decréscimo de audiência ao invés de aumentar?

Sinceramente, acho que poucos são os eventos que colidem com o público do Caos Emergente. Além disso as pessoas encontram-se numa fase em precisam de uma escapadela ao dia a dia, certamente que não vão escolher os subúrbios urbanos totalmente asfixiantes, para relaxar do seu quotidiano.

O vosso cartaz é bastante diversificado atraindo vários tipos de seguidores de metal, há mais previsões de bandas que já possam divulgar?

É verdade, desde há vários anos que temos tentado evoluir no sentido de prestar um contributo cada vez significativo e ecléctico a todos os amantes da música. Ao contrário daquilo que muitos teimam em sublinhar, o Caos Emergente não é um festival de música extrema, mas sim um festival de Heavy Metal, onde há lugar para todos os géneros, mais ou menos pesados. Relativamente a novas confirmações, temos vários processos a decorrer, que serão fechados nos próximos dias, podem no entanto consultar os nossos sites (www.caos-emergente.com | www.myspace.com/caosemergente) para terem acesso às notícias mais actualizadas.

Qual é o preço dos bilhetes e onde poderão ser adquiridos?

O ingressos para os 3 dias serão colocados à venda nos próximos dias ao preço especial de 49€ em toda a rede ticketline e em www.caos-emergente.com.

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